"De Mucama à Sinhá. Taí essa Nega Fulô", desenvolvido pelo carnavalesco Edson Siqueira, que está de volta à agremiação. Convidado a fazer uma nova leitura do tema originalmente apresentado pela escola nos anos 70, na época em que ainda era bloco. A reedição do samba composto pelo saudoso Moacyr Ferreira é uma homenagem aos 50 anos de atividade carnavalesca da Mocidade de Inhaúma, que serão completados em 2014.
O enredo, que mistura o afro com o colonial, é uma livre adaptação baseada no poema de Jorge de Lima. Conta a estória de uma escrava comprada para trabalhar no engenho de açúcar. Com o passar do tempo, Fulô passa a ser mucama de dentro da Casa Grande. Prestando serviços à família colonial, ela cai em tentação e furta os pertences da sua Sinhá. É açoitada, porém sua beleza e nudez fazem com que o seu senhor a admire. Fulô é perdoada e volta a trabalhar na Casa Grande. Porém, caindo em tentação mais uma vez, volta a furtar os pertences da Sinhá. Desta vez, o próprio Sinhô faz questão de açoitá-la. E tomado por tamanho desejo e carinho pela beleza negra daquela mulher, resolve transformá-la em sua Sinhá, fazendo com que fosse acusada assim, de roubar o que de mais precioso tinha a sua Sinhá: o amor do seu Sinhô. Fulô, do alto da sua exuberância negra, faz da Casa Grande sua morada.
Em breve, a escola irá divulgar a data da coroação da sua Rainha da Bateria e da corte do carnaval Inhaumense.
A Mocidade de Inhaúma será a 5ª escola a desfilar na Passarela da Intendente Magalhães, na terça-feira de carnaval.
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